Padre rebate pedidos de orações por Odete Roitman e gera polêmica: “Só pessoas reais”
Uma forte polêmica tomou conta das redes sociais e dos círculos religiosos após um padre criticar pedidos de orações por Odete Roitman, influenciadora digital que tem se tornado um fenômeno na internet. Durante uma live transmitida em seu perfil oficial, o religioso afirmou que “só pessoas reais” deveriam pedir orações, gerando uma onda de reações entre fiéis e seguidores.
A fala rapidamente se espalhou por grupos de WhatsApp e plataformas como X (antigo Twitter), dividindo opiniões entre aqueles que defendem a autenticidade da fé e os que acreditam que a oração deve ser universal, independentemente de quem seja o alvo.
O que aconteceu na transmissão
O episódio ocorreu em uma transmissão ao vivo realizada por um padre de uma igreja de São Paulo. Durante a live, ele respondia a comentários e pedidos dos fiéis, quando recebeu uma mensagem solicitando orações por Odete Roitman. A resposta foi direta:
“Só pessoas reais pedem orações. Você não pede por um personagem, e sim por alguém que sente dor, que vive sofrimento e que precisa de fé.”
A declaração repercutiu imediatamente. Muitos internautas consideraram o comentário desrespeitoso, enquanto outros elogiaram a coragem do padre por abordar o tema com sinceridade.
O que o padre quis dizer com “pessoas reais”?
O termo “pessoas reais” pode ter várias interpretações. No contexto da fala, o padre parece se referir à autenticidade espiritual. Para ele, a oração deve nascer de uma conexão verdadeira entre quem pede e quem é alvo do pedido. Dessa forma, a fé não deve ser usada como uma forma de idolatria digital ou de busca por atenção.
Além disso, o religioso reforçou que a oração é um ato de empatia, e que só faz sentido quando nasce da compaixão por alguém que enfrenta dor ou dificuldade real. Essa visão, embora profunda, acabou sendo mal interpretada por parte do público.
Fé, influência e superficialidade digital
Vivemos uma era em que o mundo virtual se mistura à fé. Figuras públicas e influenciadores têm o poder de mobilizar multidões, inclusive em temas religiosos. No entanto, isso também cria dilemas sobre o que é verdadeiro e o que é apenas aparência.
De certo modo, o comentário do padre funciona como um convite à reflexão: será que a espiritualidade moderna está se tornando superficial? Em tempos de curtidas e compartilhamentos, muitos atos de fé acabam sendo transformados em gestos públicos, sem o mesmo peso emocional de antes.
Por outro lado, há quem argumente que toda oração é válida, pois o ato de interceder por alguém, seja famoso ou não, carrega intenções positivas. Assim, a questão talvez não esteja em “quem merece”, mas em “como se faz” o pedido.
Reações nas redes sociais
Logo após a transmissão, o vídeo foi amplamente compartilhado. Diversos usuários expressaram indignação, afirmando que a fé não deve excluir ninguém. “A oração é para todos, inclusive para quem vive de forma pública”, escreveu um seguidor. Outros apoiaram o padre, dizendo que ele apenas defendeu o sentido real da fé e da empatia.
O debate chegou até comunidades religiosas, onde padres, pastores e estudiosos discutiram o episódio como um sinal dos tempos modernos, em que a espiritualidade precisa reencontrar seu propósito essencial.
Reflexão final: o verdadeiro valor da oração
A polêmica em torno de Odete Roitman e do comentário do padre vai além de uma simples discordância. Ela representa um choque entre a fé tradicional e o mundo digital, onde tudo é visível, mas nem sempre é real.
Quando a oração perde seu vínculo com a verdade humana, ela corre o risco de se tornar um gesto vazio. No entanto, quando nasce da empatia e da dor compartilhada, torna-se um dos atos mais puros da espiritualidade.
Assim, talvez o ponto central não seja “quem merece oração”, mas como estamos praticando nossa fé. Se o coração estiver aberto e a intenção for sincera, então toda oração, por qualquer pessoa, pode encontrar seu caminho até o divino.
