Chuva de Meteoros Leônidas atinge o pico nesta segunda-feira (17); saiba como observar o fenômeno no Brasil

O fenômeno poderá ser visto de qualquer lugar do Brasil

A chuva de meteoros Leônidas chega ao seu ponto máximo na madrugada desta segunda-feira (17). Esse fenômeno ocorre todos os anos em novembro, quando a Terra atravessa a trilha de detritos do cometa 55P/Tempel-Tuttle. Cada partícula deixada pelo cometa entra na atmosfera terrestre em alta velocidade e produz o brilho que chamamos de meteoro. Neste ano, a observação será favorecida, pois a Lua estará na fase nova, garantindo um céu mais escuro.

Melhor horário para observar o pico

Os primeiros meteoros começam a aparecer por volta da 1h da madrugada. Porém, o pico ocorre entre 3h e 5h, quando o fluxo tende a aumentar. Esse é o horário em que o lado da Terra voltado para o espaço recebe mais partículas. Por isso, a madrugada é o momento ideal para assistir ao espetáculo. Quem estiver em locais escuros, longe da poluição luminosa, terá ainda mais chances de ver vários meteoros ao longo da noite.

Onde olhar no céu

A constelação de Leão, localizada no horizonte leste, será o ponto de referência. Dela vem o chamado radiante, ponto do qual os meteoros parecem surgir. Não é necessário olhar diretamente para esse ponto. Os rastros podem aparecer em qualquer parte do céu, e quanto mais amplo o campo de visão, melhor. Em cidades como São Paulo, de acordo com o guia InTheSky.org, o radiante chegará a 38° de altura. Isso permite observar até nove meteoros por hora, número que pode aumentar em locais mais escuros.

Características dos meteoros das Leônidas

A chuva das Leônidas é conhecida por seus rastros longos e esverdeados. A cor ocorre porque muitos dos fragmentos possuem elementos como magnésio e níquel. Quando esses materiais queimam na atmosfera, produzem tons esverdeados que chamam a atenção. Essa característica torna o fenômeno um dos mais belos entre as principais chuvas de meteoros do ano.

O cometa responsável pela chuva

O cometa Tempel-Tuttle é o responsável pela formação da chuva. Ele completa uma volta ao redor do Sol a cada 33 anos. Sempre que se aproxima da Terra, deixa um rastro mais denso de partículas, que se espalha ao longo de sua órbita. A última passagem ocorreu em 1998, e a próxima deve acontecer apenas em 2031. As maiores tempestades das Leônidas costumam ocorrer alguns anos após essa aproximação, quando a Terra cruza a parte mais recente da trilha.

Momentos históricos da chuva das Leônidas

A chuva de meteoros Leônidas tem um histórico impressionante. Em 1833, o céu foi tomado por cerca de 100 mil meteoros por hora, uma das maiores exibições já registradas. O evento surpreendeu o mundo e mudou a forma como os meteoros eram interpretados. Até então, muitos acreditavam que eram fenômenos atmosféricos. Depois dessa noite, estudiosos passaram a investigar sua origem espacial.

Em 1834, o pesquisador Denison Olmsted propôs a ideia de que os meteoros vinham de nuvens de partículas no espaço. A teoria abriu caminho para estudos mais aprofundados. Mais de trinta anos depois, astrônomos conseguiram relacionar as Leônidas ao cometa Tempel-Tuttle. Essa descoberta permitiu prever futuras tempestades com muito mais precisão.

Registros marcantes do século XX

Outro episódio famoso aconteceu em 1966, quando observadores nos Estados Unidos e no Havaí viram entre 40 e 50 meteoros por segundo durante cerca de 15 minutos. Na manhã seguinte, o fenômeno também foi visto na Ásia e na Austrália, formando um espetáculo inesquecível. O brilho intenso e a velocidade dos meteoros encantaram milhares de pessoas.

O avanço da computação no final do século XX permitiu melhorar ainda mais as previsões. A chuva de 1999 foi a primeira grande exibição prevista com segurança usando cálculos modernos. O sucesso dessa previsão marcou uma nova fase na astronomia, com modelos capazes de estimar não apenas o dia, mas até o minuto exato dos picos.

A previsão para 2033

Graças aos modelos computacionais atuais, já existe previsão para a próxima grande tempestade das Leônidas. Segundo a plataforma Starwalk.space, a Terra pode ver até 400 meteoros por hora em 17 de novembro de 2033. Esse tipo de precisão mostra o quanto a astronomia avançou e permite que cientistas e curiosos se preparem com antecedência.

Como ter a melhor experiência de observação

Para aproveitar a chuva de meteoros, é importante seguir algumas recomendações simples. O primeiro passo é escolher um local escuro, longe de luzes fortes e prédios altos. Quanto menos iluminação artificial, maior a quantidade de meteoros visíveis. Também é recomendado evitar olhar para telas de celular por muito tempo, pois isso reduz a adaptação dos olhos ao escuro.

Aplicativos como Star Walk, SkySafari ou Stellarium podem ajudar a localizar a constelação de Leão e verificar os melhores horários na sua cidade. Além disso, vale levar algo confortável para deitar ou se apoiar, já que a observação costuma durar várias horas.

A beleza do fenômeno

A chuva de meteoros Leônidas é um convite para olhar para o céu e apreciar a grandiosidade do universo. Cada rastro luminoso é um pequeno fragmento espacial queimando na atmosfera, um lembrete de que a Terra está em constante interação com o cosmos. Com um pouco de paciência e um céu limpo, qualquer pessoa pode testemunhar esse espetáculo natural.

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