Morre Celso Barros, ex-patrocinador e pré-candidato à presidência do Fluminense

O futebol brasileiro perdeu, neste sábado (15), uma de suas figuras mais influentes das últimas décadas. O médico Celso Corrêa de Barros, de 73 anos, morreu após sofrer um infarto fulminante. Ele era ex-presidente da Unimed Rio, patrocinadora histórica do Fluminense, e também pré-candidato à presidência do clube nas eleições marcadas para o dia 29 de novembro.

Carreira médica e trajetória profissional marcante

Além de sua atuação no esporte, Celso Barros construiu uma carreira sólida na medicina. Pediatra por formação, ele ocupou cargos expressivos em entidades importantes, entre eles:

  • Diretor do Sindicato dos Médicos do RJ
  • Conselheiro do CREMERJ
  • Diretor da Associação Médica Brasileira

Sua trajetória profissional sempre foi marcada por liderança, presença ativa e decisões que influenciaram diretamente o setor de saúde no Rio de Janeiro.

A era Unimed-Fluminense: dos tempos difíceis às grandes conquistas

No futebol, Celso Barros se tornou uma figura central entre 1999 e 2014, período em que a Unimed Rio patrocinou o Fluminense. Sob sua liderança, o clube viveu uma das fases mais marcantes de sua história.

Com o aporte financeiro e a estrutura oferecida, o Fluminense:

  • deixou a Série C
  • conquistou a Copa do Brasil de 2007
  • venceu os Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012
  • levantou os Campeonatos Cariocas de 2002, 2005 e 2012

Além disso, o Fluminense alcançou o vice-campeonato da Libertadores de 2008, em uma campanha inesquecível para os torcedores.

Celso Barros também ficou conhecido por viabilizar contratações de impacto, como Romário, Edmundo, Fred, Conca, Deco e outros ídolos que marcaram gerações de tricolores. Por isso, seu nome se tornou sinônimo de ambição esportiva e investimento pesado.

Retorno ao clube e mudança no cenário político

Mesmo após o fim da parceria com a Unimed, Celso voltou ao cenário político do Fluminense. Em 2019, foi eleito vice-presidente geral na chapa de Mário Bittencourt. Entretanto, o relacionamento entre ambos se deteriorou durante o mandato, o que levou Celso a migrar para a oposição.

Com isso, ele se tornou um dos principais nomes na disputa eleitoral para o triênio 2026–2028. Sua chapa, contudo, seria homologada justamente no dia em que sofreu o infarto fatal.

Repercussão na política interna do Fluminense

A morte de Celso Barros provocou comoção imediata entre dirigentes, torcedores e candidatos. Os outros dois pré-candidatos à presidência, Mattheus Montenegro e Ademar Arrais, suspenderam todas as atividades de campanha em sinal de respeito.

A decisão reforçou o reconhecimento unânime da importância histórica e política de Celso para o clube.

Nota oficial e homenagem do Fluminense

Em comunicado, o Fluminense expressou profundo pesar pela morte de Celso Barros. O clube destacou sua relevância na conquista de títulos nacionais, sua atuação apaixonada na política interna e sua contribuição para a reconstrução do futebol tricolor.

O clube também decretou luto oficial e colocou o Salão Nobre de Laranjeiras à disposição da família para o velório e as homenagens.

Um legado difícil de igualar

A trajetória de Celso Barros no Fluminense marcou uma era. Ele ajudou o clube a renascer esportivamente, trouxe grandes jogadores, modernizou a estrutura tricolor e comandou um dos maiores períodos de investimentos já vistos no futebol brasileiro.

Sua morte encerra um capítulo importante da história do clube, mas seu legado continua presente nas conquistas, nos ídolos que passaram pelas Laranjeiras e no impacto profundo que deixou na vida tricolor.

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