EUA avaliam envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia: possível escalada na guerra

EUA consideram envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia

Os Estados Unidos estão avaliando o pedido da Ucrânia para obter mísseis Tomahawk de longo alcance, segundo declarou o vice-presidente J. D. Vance neste domingo (28). A medida, se confirmada, representaria uma mudança significativa no apoio militar ao governo de Volodymyr Zelenskiy e poderia ser interpretada por Moscou como um passo de escalada no conflito.

Vance afirmou em entrevista à Fox News Sunday que o presidente Donald Trump terá a decisão final sobre a autorização da entrega. O governo norte-americano tem recebido pressões de países europeus para liberar a venda do armamento, que poderia ser repassado à Ucrânia de forma indireta.

O que são os mísseis Tomahawk?

Os Tomahawk são mísseis de cruzeiro fabricados nos Estados Unidos com alcance aproximado de 2.500 km (1.550 milhas). Sua principal característica é a capacidade de atingir alvos estratégicos com alta precisão, mesmo a grandes distâncias.

Esse tipo de armamento já foi utilizado em diversos conflitos, como na Guerra do Golfo e na Síria, tornando-se um símbolo do poder militar americano. Para a Ucrânia, contar com essa tecnologia significaria neutralizar parte dos bombardeios de mísseis e drones russos, que atingem cidades e infraestruturas críticas.

A posição da Rússia diante do possível envio

Caso a negociação avance, especialistas acreditam que a Rússia verá a decisão como provocação direta. Moscou já advertiu repetidamente que o fornecimento de armamentos de longo alcance à Ucrânia aumentaria os riscos de confrontos mais graves.

Até o momento, o Kremlin não anunciou medidas específicas sobre o caso, mas há temor de que a resposta russa envolva intensificação dos ataques ou até ameaças nucleares.

O dilema dos Estados Unidos

Embora o governo Trump tenha recusado em ocasiões anteriores o envio de armamentos de longo alcance, a frustração com a falta de avanços diplomáticos por parte do presidente Vladimir Putin tem mudado o tom das conversas internas em Washington.

Segundo Vance, a invasão russa está estagnada, com poucos ganhos territoriais recentes, mas o custo humano permanece alto. Para ele, a prioridade do governo é buscar a paz, embora reconheça que “os russos precisam aceitar a realidade”.

Repercussão internacional

A possível entrega de Tomahawks à Ucrânia reacendeu debates na OTAN e na União Europeia. Muitos países do bloco defendem o fortalecimento da defesa ucraniana para conter a agressão russa, mas outros alertam para o risco de uma escalada imprevisível.

A Ucrânia, por sua vez, considera que só com armamento avançado será possível equilibrar o campo de batalha e pressionar Moscou a negociar. O presidente Zelenskiy pediu que os Estados Unidos permitam a venda dos mísseis a países aliados, que então os repassariam a Kiev.

Caminhos para a paz

Apesar do foco militar, Vance destacou que o governo norte-americano continua a buscar soluções diplomáticas. Segundo ele, “muitas pessoas estão morrendo” e não há ganhos concretos para a Rússia após mais de dois anos de guerra.

Ainda assim, analistas lembram que a entrega de mísseis Tomahawk pode afastar as negociações. A escalada armamentista, em vez de abrir caminho para o diálogo, pode tornar o conflito ainda mais prolongado e imprevisível.

O possível envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia representa um dos pontos mais delicados da guerra até agora. A decisão, que depende da aprovação final do presidente Donald Trump, coloca os Estados Unidos em um dilema entre fortalecer a defesa ucraniana e evitar uma escalada com a Rússia.

Enquanto isso, o mundo observa atento, na esperança de que uma solução diplomática possa prevalecer sobre o risco de novos confrontos.

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