Fábrica de ração e empresa avícola fechadas na Paraíba por problemas sanitários e pragas

Fábrica de ração e empresa avícola são fechadas na Paraíba por problemas sanitários e pragas

O fechamento de uma fábrica de ração e de uma empresa avícola na Paraíba gerou preocupação no cenário da segurança alimentar. A decisão, motivada por irregularidades sanitárias e presença de pragas, acende um alerta sobre a fragilidade do controle de qualidade nas cadeias produtivas do estado.

O que aconteceu na Paraíba?

No início de julho, autoridades sanitárias da Paraíba suspenderam temporariamente as operações de uma fábrica de ração e de uma empresa avícola em João Pessoa. A medida foi tomada após a detecção de pragas e falhas sanitárias que colocavam em risco a segurança dos produtos.

Pragas como ameaça direta à cadeia alimentar

As análises realizadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Agricultura do Estado confirmaram a presença de insetos invasores, como formigas e pulgões, dentro das áreas de produção. Esses insetos, além de prejudicarem a saúde das aves, podem transmitir patógenos capazes de contaminar os alimentos.

O risco é grave, especialmente porque a ração é um insumo essencial para milhões de aves em todo o país. Portanto, a presença de pragas revela falhas sérias no controle ambiental e na limpeza das instalações — pontos críticos em qualquer sistema de produção animal.

Irregularidades sanitárias e falta de conformidade

As auditorias mostraram que a fábrica descumpria protocolos de limpeza e desinfecção previstos pela Resolução 108/2019 do Ministério da Agricultura. Além disso, não havia controle adequado de temperatura e umidade, o que agrava o risco de contaminação.

Por outro lado, a empresa avícola mantinha registros incompletos sobre vacinas e controle de doenças, o que demonstra falhas de gestão e rastreabilidade. Esses fatores aumentam a probabilidade de disseminação de patógenos e comprometem a confiança no produto final.

Essas falhas não são casos isolados; elas revelam um problema sistêmico: a fiscalização insuficiente em locais de alto risco sanitário.

Impactos diretos na segurança alimentar

O fechamento de uma fábrica de ração tem efeitos em toda a cadeia produtiva. Afinal, a ração é usada não apenas por granjas de aves, mas também em setores como o de produção de leite e carne. Se o produto estiver contaminado, o risco ultrapassa as fronteiras da Paraíba e atinge consumidores de outros estados.

Ainda que a medida seja temporária, a confiança do consumidor pode ser abalada — especialmente quando falta transparência sobre as auditorias e os prazos de correção.

Fiscalização falha e necessidade de mudanças

Embora existam leis e resoluções federais sobre controle sanitário, sua aplicação ainda é irregular. A fiscalização ocorre de forma esporádica e as penalidades, muitas vezes, são brandas. Como resultado, algumas empresas negligenciam a qualidade sem sofrer consequências significativas.

Por isso, é urgente que governos estaduais e federal reforcem a inspeção sanitária, adotem auditorias independentes e promovam treinamentos técnicos voltados à gestão de qualidade e biossegurança.

Um alerta para a indústria avícola nacional

O episódio na Paraíba é um aviso importante para todo o setor avícola brasileiro. A presença de pragas e a omissão de protocolos mostram que a indústria ainda precisa evoluir em termos de modernização, rastreabilidade e controle de qualidade.

Consumidores, produtores e autoridades devem atuar em conjunto para garantir que cada etapa da produção seja segura, rastreável e transparente

Conclusão: lição para toda a cadeia alimentar

O fechamento da fábrica de ração e da empresa avícola na Paraíba, por conta de pragas e falhas sanitárias, é um alerta crítico sobre a vulnerabilidade das cadeias produtivas no país. O setor precisa reagir com ação e planejamento, transformando falhas em oportunidades de modernização.

A transparência, a fiscalização rigorosa e o investimento em tecnologia são fundamentais para evitar novas crises.

E você? Acredita que a fiscalização atual é suficiente? Como garantir a segurança dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros?

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