Motivos por trás da reestruturação
Em outubro de 2025, a Meta anunciou o corte de aproximadamente 600 empregos na sua divisão de inteligência artificial (IA). Essa é a quinta reestruturação da empresa em menos de um ano. Além disso, as demissões afetam equipes de infraestrutura de IA, pesquisa (FAIR) e cargos relacionados a produtos. Por outro lado, a unidade de elite TBD Labs permanece intacta.
O memorando interno aponta que a empresa busca maior foco e eficiência. Consequentemente, o CEO de IA da Meta, Alexandr Wang, afirmou que a redução do tamanho das equipes permitirá decisões mais rápidas e dará mais impacto aos funcionários restantes. Além disso, a medida pretende otimizar recursos e direcionar esforços estratégicos para áreas prioritárias.
Outro motivo citado é a insatisfação de Mark Zuckerberg com o progresso da IA da Meta. O modelo Llama 4, lançado em abril de 2025, recebeu avaliação morna do mercado. Assim, o CEO tem pressionado por resultados mais expressivos e por tecnologias que coloquem a empresa na liderança da inteligência artificial.
A aquisição de talentos também é um fator importante. A Meta contratou agressivamente especialistas de empresas como OpenAI, Apple e Google para a unidade TBD Labs. Dessa forma, surgiu a necessidade de integrar essas contratações com a equipe já existente da FAIR. Além disso, o corte de empregos é uma forma de reorganizar o quadro e equilibrar recursos humanos.
Por fim, a reestruturação faz parte de uma estratégia mais ampla da empresa voltada para a criação de “superinteligência”. A meta teórica da Meta é desenvolver uma IA que iguale ou supere habilidades humanas, o que exige foco em equipes reduzidas e especializadas.
Impactos nas equipes e funcionários
Os cortes têm consequências diretas para os funcionários afetados. A Meta indicou que está auxiliando na transferência interna para outras áreas da empresa. Além disso, os funcionários receberam pacotes de desligamento que incluem 16 semanas de indenização, mais duas semanas adicionais por cada ano de serviço. Dessa forma, a empresa busca minimizar impactos negativos e preservar talentos.
Ainda assim, a reorganização pode gerar tensão interna. Muitos funcionários da FAIR já sentiam pressão devido à chegada de novas contratações na TBD Labs. Consequentemente, essa mudança cria desafios de integração e colaboração entre equipes.
As demissões fazem parte de um processo contínuo de ajuste da Meta. A empresa já implementou cortes anteriores motivados pelo foco em eficiência e áreas estratégicas, como IA. Assim, essa quinta onda reforça a intenção de centralizar esforços em iniciativas de alto impacto.
Além disso, analistas de mercado estão acompanhando de perto os efeitos dessa reestruturação. A Barchart e outros especialistas avaliam como os cortes podem influenciar o desempenho financeiro e a evolução da empresa no setor de tecnologia. Portanto, os impactos vão além do ambiente interno, afetando investidores e mercado em geral.
Estratégia da Meta para o futuro da IA
O foco da Meta na “superinteligência” define uma meta ambiciosa. Consequentemente, a empresa está reorganizando equipes para concentrar talentos em iniciativas-chave. Além disso, a manutenção da unidade TBD Labs demonstra a prioridade em projetos de ponta, envolvendo os especialistas mais capacitados do setor.
A integração de novos talentos e a reestruturação das equipes existentes indicam que a Meta busca acelerar o desenvolvimento tecnológico. Assim, a empresa pretende se posicionar competitivamente frente a concorrentes como OpenAI e Google.
Dessa forma, a reorganização não é apenas uma redução de custos, mas um movimento estratégico para aumentar a eficiência e o impacto das equipes restantes. Além disso, os cortes podem liberar recursos para novos projetos e investimentos em inovação.
Por outro lado, a mudança exige atenção à motivação e retenção de funcionários. O sucesso da Meta dependerá da capacidade de equilibrar eficiência operacional com engajamento e moral das equipes. Consequentemente, essa reestruturação representa um momento crítico para o futuro da empresa no campo da inteligência artificial.
