O universo do K-Pop celebrou um momento histórico com a indicação de Ejae, cantora e compositora, ao Grammy 2026. Ela é uma das vozes da banda Huntr/x, grupo fictício do filme Guerreiras do K-Pop. A faixa “Golden”, interpretada por Ejae, Audrey Nuna e Rei Ami, foi nomeada para Música do Ano, colocando artistas coreanas no centro das atenções internacionais.
Ejae coescreveu a música e falou sobre sua reação à notícia em entrevista à Variety. “Não consigo assimilar isso. Ainda estou chocada”, disse emocionada. Com essa conquista, ela se tornou a primeira coreana-americana indicada à categoria de Música do Ano. Ao lado de Ejae, Audrey Nuna e Rei Ami também desempenham papéis importantes, reforçando a representatividade asiática no cenário musical global.
Além da indicação principal, “Golden” e Huntr/x foram lembrados em outras categorias do Grammy: Melhor Canção Escrita para Mídia Visual, Melhor Performance Pop de Duo/Grupo e Melhor Gravação Remixada. Esse reconhecimento múltiplo evidencia a qualidade da produção e o impacto cultural do filme e de sua trilha sonora.
Emoções e representatividade
A emoção das artistas foi evidente. Ami contou que não parava de chorar ao receber a notícia e descreveu a sensação como surreal. Audrey Nuna destacou a importância da representatividade. Segundo ela, a presença de rostos coreanos em premiações internacionais pode inspirar crianças e jovens a acreditarem em seus sonhos. “Pensar nas crianças que verão isso e, com sorte, moldar a compreensão delas sobre o que podem fazer neste mundo, é o que me arrepia”, afirmou.
Essa indicação vai além do reconhecimento pessoal. Ela reflete a influência global do K-Pop e mostra como artistas asiáticos estão conquistando espaço em mercados antes dominados por artistas ocidentais. O Grammy também abre portas para futuras gerações, mostrando que é possível alcançar o sucesso mantendo suas raízes culturais.
A história de Guerreiras do K-Pop
O filme Guerreiras do K-Pop acompanha as HUNTR/X, grupo de jovens coreanas que equilibram a carreira musical com a luta contra demônios. A narrativa ganha tensão quando os vilões criam um grupo rival, os Saja Boys, para competir pela atenção do público. Essa fusão entre ação sobrenatural e música cria uma experiência única, misturando fantasia e realidade do universo pop.
No elenco de vozes em inglês, Ejae interpreta Rumi, líder das HUNTR/X. Audrey Nuna e Rei Ami dão vida a Mira e Zoey, respectivamente. As vozes faladas das personagens ficam com Arden Cho, May Hong e Joo Ji-young. O filme é dirigido por Maggie Kang e Chris Appelhans e conta com artistas renomados como Ahn Hyo-seop, Yunjin Kim, Ken Jeong, Lee Byung-hun e Daniel Dae Kim no elenco de vozes em inglês.
A diversidade do elenco e a colaboração internacional refletem a ambição do projeto de unir culturas diferentes sem perder a essência do K-Pop. Isso ajudou Guerreiras do K-Pop a se tornar um sucesso na Netflix, alcançando o topo das listas de longas-metragens mais vistos.
Trilha sonora e impacto global
A trilha sonora é um fenômeno à parte. Canções como “Golden”, “Your Idol” e “Soda Pop” chegaram às paradas de sucesso nos Estados Unidos e em outros países. A performance das artistas consolidou a reputação do filme, tornando-o um ícone do entretenimento digital contemporâneo.
O sucesso musical mostra o poder da música em conectar pessoas e culturas. Cada faixa foi cuidadosamente produzida para refletir a energia do K-Pop e abordar temas universais, como amizade, coragem e determinação. Assim, o impacto do filme vai além da tela, atingindo uma audiência global que se identifica com a história e os personagens.
Expectativas para o Grammy 2026
O Grammy 2026 acontecerá em 1º de fevereiro, e a expectativa em torno das artistas coreanas é grande. A indicação de Ejae como compositora representa um marco histórico, não apenas pela primeira nomeação coreana-americana, mas também por reforçar a ideia de que a música transcende fronteiras.
Nos últimos anos, a presença de artistas asiáticos no Grammy tem crescido. No entanto, a indicação de Ejae e do grupo Huntr/x destaca uma nova fase de reconhecimento cultural. A representatividade, antes escassa em premiações internacionais, passa a ser valorizada, abrindo caminho para uma indústria musical mais inclusiva e diversa.
