Crescimento do empreendedorismo entre famílias do CadÚnico
Mais de 2,5 milhões de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) decidiram se formalizar como microempreendedores individuais (MEIs). O levantamento foi realizado pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Além disso, a pesquisa mostra que 55% dos MEIs iniciaram seus negócios após entrarem na base de dados. Portanto, o estudo evidencia que políticas públicas voltadas à inclusão produtiva geram impacto real na vida das famílias.
O ministro Wellington Dias destacou que as mudanças no Bolsa Família permitem que famílias abram um CNPJ sem perder o benefício. Assim, é possível empreender e continuar recebendo apoio social durante o período de transição financeira. Consequentemente, os cidadãos sentem segurança para investir no próprio negócio.
Ainda segundo o levantamento, o incentivo à formalização tem transformado oportunidades em negócios sustentáveis. Por outro lado, a falta de apoio poderia dificultar a permanência dos empreendedores na economia formal. Dessa forma, o estímulo à inclusão produtiva é essencial para fortalecer a renda familiar e reduzir desigualdades.
Resultados da parceria Sebrae e MDS
Entre janeiro de 2020 e julho de 2025, mais de um terço dos MEIs inscritos no CadÚnico recebeu atendimento do Sebrae. Consequentemente, esses empreendedores apresentaram maior percentual de empresas ativas, 78,9%, contra 61,5% daqueles que não receberam suporte.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou que a parceria permite integrar esforços de identificação e acompanhamento das famílias. Além disso, o Sebrae oferece suporte técnico e estratégico. Dessa forma, os empreendedores transformam oportunidades em resultados concretos.
O Acordo de Cooperação Técnica (ACT), assinado em 2023 entre MDS e Sebrae, facilita o compartilhamento de informações do CadÚnico e do Bolsa Família. Ainda, permite que políticas públicas sejam aprimoradas, beneficiando pequenas empresas em regiões vulneráveis. Por outro lado, o trabalho conjunto exige monitoramento contínuo para garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
Além disso, o estudo mostra que apoio técnico aumenta a taxa de sobrevivência das empresas. Portanto, o acompanhamento é crucial para consolidar negócios e gerar renda de forma sustentável. Assim, o empreendedorismo se torna ferramenta de desenvolvimento social e econômico.
Perfil dos MEIs e regiões com maior adesão
A pesquisa identificou que 53,1% dos MEIs no CadÚnico atuam no setor de serviços. Comércio representa 26,5%, indústria 10,1%, construção 9,7% e agropecuária 0,5%. Consequentemente, a maior parte dos negócios concentra-se em atividades de menor complexidade operacional, mas com grande potencial de impacto social.
Além disso, 41,7% desses MEIs recebem benefícios do Bolsa Família. Já 6,4% recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Portanto, o incentivo ao empreendedorismo não compromete a segurança financeira de famílias vulneráveis.
Os estados com maior percentual de MEIs no CadÚnico são Amazonas (56,3%), Acre (54,8%) e Piauí (54,6%). Dessa forma, observa-se que regiões historicamente mais vulneráveis são aquelas em que o apoio técnico e as políticas de formalização são mais estratégicos.
Adicionalmente, os dados reforçam que estímulo ao empreendedorismo aliado a políticas públicas é capaz de transformar vidas. Assim, o CadÚnico se torna um instrumento de inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável.
