Youtuber Capitão Hunter é preso em São Paulo por suspeita de exploração sexual e estupro de vulnerável
O youtuber João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, foi preso nesta quarta-feira (22) em Santo André, na Grande São Paulo. Ele é acusado de exploração sexual de menores, estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil.
Com mais de 1 milhão de seguidores, João Paulo produzia vídeos sobre o universo Pokémon, incluindo colecionáveis e jogos. Segundo as investigações, ele usava a fama nas redes sociais para se aproximar de crianças e adolescentes.
Ação policial e apreensões
A prisão foi autorizada pela Vara Especializada em Crimes contra Crianças e Adolescentes. Policiais civis de São Paulo e do Rio de Janeiro cumpriram o mandado de prisão e buscas. Durante a operação, seis celulares, três pendrives e uma CPU foram apreendidos.
Além disso, a Justiça determinou a quebra de sigilo de todos os dispositivos. O objetivo é descobrir se o youtuber manteve contato com outras vítimas. O advogado do influenciador afirmou que as acusações são “falsas” e que ele provará sua inocência no momento adequado.
Como surgiu a denúncia
A denúncia partiu da família de uma menina de 13 anos. De acordo com o relato, ela conheceu João Paulo aos 11 anos, por meio dos aplicativos Discord e WhatsApp.
Durante as conversas, o influenciador pediu fotos íntimas e mostrou o próprio corpo em videochamadas. Em troca, ele prometia presentes e cartas de Pokémon. Assim, a menina acabou sendo manipulada emocionalmente.
Por outro lado, a família da vítima interceptou mensagens em que o youtuber tentava normalizar o abuso. Ele dizia que “amigos fazem isso” e que “mostrar o corpo é uma forma de confiança”. Essa atitude acendeu o alerta para o comportamento abusivo.
Manipulação e confiança
As autoridades explicam que João Paulo agia com estratégia. Primeiro, conquistava a confiança das vítimas. Depois, usava o vínculo emocional para impor pedidos inapropriados.
De acordo com a delegada responsável, o youtuber representa alto risco para outras crianças, pois sua atuação online alcança milhares de jovens diariamente. Além disso, ele se apresentava como mentor digital, o que facilitava a aproximação com os menores.
Novas linhas de investigação
A polícia agora analisa o material apreendido em busca de novos indícios e possíveis vítimas. Também investiga se João Paulo atuava sozinho ou com ajuda de outras pessoas.
Enquanto isso, a equipe responsável pretende cruzar dados de conversas e mensagens para entender o alcance real dos crimes. O caso segue em sigilo, mas as autoridades afirmam que o processo é prioritário devido à gravidade das acusações.
Envolvimento em eventos de Pokémon
As investigações apontam que João Paulo participava de eventos de Pokémon em várias cidades. Em um desses encontros, no Rio de Janeiro, ele teria conhecido a menina que fez a denúncia. O influenciador prometeu apoiar a carreira dela no mundo dos jogos e manteve contato frequente após o evento.
Esse comportamento, segundo especialistas, mostra o perigo de interações entre influenciadores e menores sem supervisão dos pais.
Alerta para os responsáveis
Casos como este destacam a necessidade de monitorar as atividades online das crianças. Hoje, a internet é um ambiente essencial para estudos e lazer, mas também oferece riscos. Portanto, os pais devem acompanhar conversas, grupos e perfis.
Além disso, é importante dialogar com os filhos sobre segurança digital. Denunciar situações suspeitas pode impedir novos crimes e proteger outras vítimas.
Situação do caso e possíveis consequências
O influenciador seguirá preso durante as investigações. Caso as acusações sejam comprovadas, ele poderá responder por estupro de vulnerável, exploração sexual e produção de pornografia infantil.
As penas combinadas podem ultrapassar 20 anos de prisão. Dessa forma, o caso serve como alerta nacional sobre os riscos da exposição infantil nas redes sociais.
