O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone nesta segunda-feira (6) com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ligação ocorreu às 10h30 e contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acompanhou toda a conversa no Palácio da Alvorada.
Além de Haddad, participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Sidônio Palmeira (Secom).
Segundo Haddad, a conversa foi positiva e deve ser seguida da divulgação de uma nota oficial do Palácio do Planalto com os principais pontos tratados entre os líderes.
Possibilidade de aproximação entre Lula e Trump
A conversa telefônica ocorre após um breve encontro durante a Assembleia Geral da ONU, no mês passado, em Nova York. Na ocasião, Lula e Trump se cumprimentaram e mostraram boa química, sinalizando interesse em discutir assuntos comerciais.
Auxiliares de Lula avaliaram que um primeiro contato por telefone permitiria tirar dúvidas, identificar pontos de convergência e divergência e estabelecer uma relação de confiança antes de uma possível reunião presencial.
Temas em pauta
O diálogo abordou questões econômicas e comerciais, em meio a uma sobretaxa de 50% aplicada por Trump a produtos brasileiros.
O presidente brasileiro manteve firme a posição sobre a independência do Judiciário e a soberania do país, mas demonstrou abertura para discutir:
- Comércio bilateral
- Regulação de big techs
- Exploração de terras raras
O objetivo é equilibrar interesses econômicos e políticos, criando espaço para negociações futuras.
Relação delicada entre Brasil e EUA
A relação entre Lula e Trump é considerada delicada, exigindo cautela da diplomacia brasileira. Há histórico de idas e vindas em posições políticas e comerciais, o que torna a aproximação gradual.
O diálogo inicial por telefone ajuda a minimizar riscos de mal-entendidos e prepara o terreno para negociações mais estruturadas.
Impacto do tarifaço americano
O tarifaço dos EUA começou de forma progressiva, culminando em uma sobretaxa de 50% sobre cerca de 36% das exportações brasileiras. Apesar das tensões, Lula manteve a postura de diálogo e negociação, buscando soluções que preservem os interesses do Brasil.
