RJ detecta casos de intoxicação por metanol em casas e lojas: o que você precisa saber
Se você mora no Rio de Janeiro ou costuma usar produtos caseiros, já deve ter ouvido falar sobre os casos de intoxicação por metanol. Essa situação, que ganhou força nos últimos meses, preocupa cada vez mais os moradores e os profissionais da saúde pública. Vamos conversar com calma sobre o que está acontecendo — e, principalmente, como evitar riscos reais.
O que é metanol e por que ele é perigoso?
O metanol é um tipo de álcool utilizado na indústria, em pequenas quantidades e sob controle técnico. No entanto, quando é consumido por meio de bebidas ou produtos artesanais, torna-se extremamente perigoso. Mesmo em pequenas doses, ele pode provocar sérios danos ao organismo.
Como o corpo reage à intoxicação?
Assim que entra no corpo, o metanol é transformado em formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas. Esses compostos podem causar tontura, confusão mental, falhas neurológicas e até falência de órgãos.
Em situações graves, a intoxicação pode levar à morte, pois o metanol atinge diretamente o cérebro e os rins.
Onde os casos estão sendo registrados?
Os casos aparecem, principalmente, em áreas periféricas do Rio de Janeiro, como Barra da Tijuca, São Cristóvão e Niterói. Muitos deles envolvem produtos caseiros — como vinagres, vinhos ou bebidas feitas com ingredientes não identificados.
Esses itens são vendidos em lojas pequenas ou por ambulantes, geralmente sem rótulo ou registro sanitário. Por isso, é importante redobrar a atenção
Quais produtos oferecem mais risco?
Entre os produtos mais perigosos estão:
- Vinagres caseiros ou bebidas fermentadas sem controle técnico.
- Misturas de álcool e mel ou “chás” com álcool.
- Bebidas muito baratas vendidas sem identificação de origem.
Esses produtos, quando feitos de forma incorreta, podem conter metanol escondido. Além disso, muitas pessoas acabam usando álcool comum em vez de etanol próprio para consumo, o que aumenta os riscos de intoxicação.
Como identificar produtos suspeitos?
Alguns sinais de alerta incluem:
- Falta de rótulo ou data de fabricação.
- Sensação de tontura, náusea ou dor de cabeça logo após o uso.
- Preço muito baixo, bem abaixo do praticado no mercado.
Lembre-se: não é o álcool em si que representa o perigo, mas sim a forma como ele é produzido e manipulado.
O que fazer em caso de suspeita?
Se alguém apresentar tontura, vômito, confusão mental ou dificuldade para respirar, procure ajuda médica imediatamente.
Além disso, descarte qualquer produto duvidoso e entre em contato com os serviços de emergência.
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro também oferece orientações gratuitas por telefone, caso haja dúvidas sobre produtos ou sintomas.
Como se prevenir da intoxicação por metanol?
A prevenção continua sendo a forma mais segura de proteção. Veja algumas medidas práticas:
- Evite produzir bebidas alcoólicas em casa sem orientação profissional.
- Compre apenas produtos com rótulo e procedência conhecida.
- Converse com especialistas em segurança alimentar se você trabalha com produtos artesanais.
- Mantenha álcool e solventes industriais fora do alcance de crianças e animais.
Os profissionais de saúde alertam que, sem fiscalização adequada, o número de casos pode crescer ainda mais, especialmente em bairros populares onde o consumo de produtos caseiros é comum.
O risco de intoxicação por metanol está mais presente do que se imagina no cotidiano do Rio de Janeiro. Com informação e atenção, é possível proteger sua família e sua comunidade.
Se você já viu ou usou algum produto suspeito, compartilhe sua experiência — conversar sobre o assunto é um passo essencial para aumentar a segurança de todos.
