Por que mais da metade dos pneus vendidos no Brasil vai custar mais em 2025

Por que mais da metade dos pneus vendidos no Brasil vai custar mais em 2025

Em 2025, o mercado de pneus no Brasil enfrenta uma realidade inédita: o aumento de preços está se tornando uma constante, não um evento isolado. Mais da metade dos pneus vendidos no país já está sob pressão de custos. O que parece uma simples variação de mercado, na verdade é uma resposta a uma cadeia de fatores que vão desde a geopolítica até a logística. O que está por trás desse preço dos pneus mais alto? Uma análise crítica revela que não é apenas a inflação — é uma estrutura de custos que se reforça dia após dia.

O aumento dos preços não é um acidente

O preço dos pneus no Brasil cresceu significativamente nos últimos 18 meses. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de preços de bens de consumo, incluindo peças automotivas, subiu 14,3% entre 2022 e 2025. Esse aumento não é uniforme, mas se concentra em produtos de alto custo de produção, como pneus.

Os principais motores de aumento são a escassez de matérias-primas, como borracha natural e plásticos sintéticos, e o aumento das taxas de transporte. A cadeia de suprimento está mais frágil do que nunca. O Brasil importa cerca de 70% da borracha usada na fabricação de pneus, e os preços internacionais estão em alta há dois anos.

Matérias-primas sob pressão

A borracha natural é o componente mais sensível ao preço global. A produção mundial está reduzida devido a desastres naturais e à escassez de terras agrícolas. O Brasil, que é o maior produtor mundial de borracha natural, enfrenta dificuldades para manter a produção em níveis suficientes.

Essa escassez é amplificada pela demanda crescente de produtos derivados da borracha, como em embalagens e indústrias de construção. O resultado? O preço da borracha subiu 22% em 2023, e esse aumento está diretamente ligado ao preço dos pneus no mercado interno.

Logística e custos de transporte sobrecarregam o preço final

Os custos de transporte também estão em alta. O Brasil tem uma rede de distribuição complexa, com dependência de rotas marítimas e rodoviárias. A instabilidade no transporte marítimo — especialmente nos portos do Nordeste — aumenta os tempos de entrega e os custos operacionais.

Empresas que distribuem pneus em todo o país estão passando por um aumento de 18% nos custos logísticos. Esses gastos são repercutidos no preço final do produto, especialmente para os consumidores que compram em regiões remotas ou fora das grandes cidades.

Concorrência reduzida e margens de lucro elevadas

Apesar da concorrência entre fabricantes, o mercado de pneus no Brasil está cada vez mais concentrado. Apenas cinco empresas controlam mais de 60% das vendas. Isso gera barreiras para novos players e reduz a pressão de preços.

Com pouca concorrência, as empresas têm mais margem para aumentar os preços dos pneus sem perder clientes. O resultado é um mercado onde o consumidor paga mais por um produto que, em teoria, deveria ser acessível.

Impacto direto no consumidor final

Para o motorista comum, o aumento de preço é um fator de preocupação real. Um pneu de média qualidade que custava R$ 800 em 2024 agora pode chegar a R$ 1.100 em 2025. Isso representa um aumento de quase 38%, o que impacta diretamente o orçamento dos consumidores. Tal elevação ocorre principalmente devido ao aumento das tarifas de importação, dos custos de matéria-prima e da pressão inflacionária generalizada. Portanto, os motoristas precisam planejar melhor seus gastos e ficar atentos às promoções e alternativas no mercado para minimizar os efeitos deste reajuste.

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