Queda nos gastos globais impacta turismo nos EUA
O setor de turismo nos Estados Unidos, tradicionalmente um grande motor do comércio, enfrenta dificuldades em 2025. Segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), os gastos dos turistas internacionais devem cair de US$ 181 bilhões em 2024 para menos de US$ 169 bilhões neste ano. Isso representa uma perda de US$ 12,5 bilhões, indicando um cenário desafiador para a indústria.
Revisão das projeções e causas do recuo
As expectativas iniciais previam crescimento, mas análises recentes do Congressional Research Service, ligado ao Legislativo dos EUA, indicam uma retração de cerca de 5% no número de visitantes e nos gastos turísticos em 2025, em comparação a 2024. Essa queda envolve diversos fatores, como políticas de fronteira mais rígidas e percepção negativa do país no exterior.
Impactos do câmbio e custos mais altos para turistas
Além das barreiras políticas, o câmbio desfavorável para os brasileiros e o aumento dos custos de hospedagem e alimentação nos EUA tornam o destino menos acessível. Consequentemente, a chegada de turistas por via aérea permanece abaixo dos números pré-pandemia em vários mercados importantes.
Nova taxa de visto e implicações para brasileiros
Outro agravante é a criação da taxa de visto chamada visa integrity fee, que custa US$ 250 e tem previsão de entrar em vigor em outubro. Essa cobrança afeta principalmente países fora do programa de isenção de vistos, como o Brasil, aumentando o custo total das viagens e desestimulando o turismo de compras.
Brasileiros continuam viajando, mas o comércio sofre
Apesar das dificuldades, os Estados Unidos continuam sendo o destino preferido dos brasileiros. Cidades como Orlando e Miami lideram as buscas, atraindo famílias para parques temáticos e compras. No entanto, o comércio enfrenta queda nas vendas, principalmente devido ao câmbio alto e ao aumento do IOF sobre transações no exterior.
Prognósticos para o turismo de compras em 2025
Os especialistas alertam que o turismo de compras pode ter recuperação lenta. Como os turistas estão gastando menos, setores varejistas e de entretenimento sentem impacto direto. Assim, o aumento dos custos e as restrições afetam não apenas o número de visitantes, mas também o volume de consumo.
Considerações para o futuro
O quadro atual trouxe reflexão sobre a necessidade de diversificar destinos turísticos para os brasileiros. Países europeus e Canadá surgem como alternativas para quem busca viagens internacionais mais acessíveis. Adicionalmente, estratégias para melhorar a relação comercial e turística entre Brasil e EUA poderão fazer diferença nos próximos anos.