Um grande incêndio atingiu o centro nacional de dados da Coreia do Sul na noite de sexta-feira, 22 de setembro. O incidente provocou a paralisação de diversos serviços online e redes internas do governo, gerando impacto imediato para a população. As autoridades agiram rapidamente para retomar o funcionamento dos sistemas, mas o episódio chamou atenção para os riscos associados à infraestrutura crítica e à segurança de dados governamentais.
Causas iniciais do incêndio
Investigações preliminares indicam que o fogo começou com uma explosão em uma bateria de íons de lítio durante manutenção no local. O centro de dados fica em Daejeon, a cerca de 140 km de Seul. Ele funciona como servidor central para inúmeros órgãos e sistemas do governo.
O fenômeno conhecido como “fuga térmica” gerou calor extremo dentro da sala de servidores. Esse calor intenso dificultou a ação direta dos bombeiros. Por isso, as equipes focaram em conter a propagação do fogo, em vez de intervir diretamente.
Impactos nos serviços governamentais
Para evitar maiores danos ou perda de dados, centenas de servidores foram desligados preventivamente. Embora o incêndio tenha sido controlado na manhã de sábado, 27, os sistemas ainda estavam sendo reativados gradualmente.
Diversos serviços online ficaram indisponíveis, incluindo identificação digital, sistema postal e banco de dados jurídico. Vários ministérios sofreram com interrupções em suas redes internas, afetando a comunicação e a rotina administrativa.
O primeiro-ministro Kim Min-seok pediu desculpas à população e prometeu esforços máximos para restabelecer os serviços rapidamente. Além disso, anunciou medidas como adiamento dos prazos para pagamento de impostos, reconhecendo os transtornos causados pelo incidente.
Medidas adotadas e progressos
Equipes trabalharam durante todo o sábado para retirar as baterias remanescentes do edifício. Cerca de 400 unidades foram removidas como medida de segurança, evitando novos focos de incêndio.
O governo também mobilizou recursos adicionais, implementou planos de contingência e iniciou uma investigação rigorosa. O objetivo é identificar as causas específicas do acidente e eventuais falhas na manutenção dos equipamentos.
Riscos da concentração de infraestrutura crítica
O incidente evidenciou um problema recorrente: concentrar servidores e dados estratégicos em um único local aumenta os riscos em caso de acidentes ou ataques.
Especialistas em segurança da informação recomendam diversificar centros de dados e implantar sistemas de redundância. Assim, os serviços governamentais permanecem operacionais mesmo diante de emergências.
Contexto e investigação em andamento
A LG Energy Solution, fabricante das baterias envolvidas, ainda não se pronunciou oficialmente, pois o caso está sob investigação.
As autoridades sul-coreanas reforçam que ainda não há confirmação sobre a faísca inicial. Entretanto, a equipe técnica do governo busca apurar falhas e aprimorar protocolos de segurança para prevenir novos incidentes.
Vale lembrar que a Coreia do Sul enfrentou, em 2025, uma das piores temporadas de incêndios florestais do país. Esses desastres naturais e acidentes como o incêndio em Daejeon destacam a necessidade de investimentos em prevenção e monitoramento das infraestruturas críticas.
Expectativas e recomendações
O governo trabalha para restaurar totalmente o sistema nacional de dados e retomar os serviços essenciais.
Além disso, espera-se que as lições aprendidas levem a uma revisão completa das normas de segurança em data centers, especialmente sobre o uso e manutenção de baterias de íons de lítio, cada vez mais presentes em equipamentos de TI.
Considerações finais
O incêndio no centro de dados nacional da Coreia do Sul alerta para a importância da segurança das infraestruturas digitais. A capacidade de resposta rápida e a transparência nas investigações são essenciais para restaurar a confiança da população.
À medida que a recuperação avança, o desafio será implementar soluções tecnológicas e estruturais que evitem novos episódios, promovendo a resiliência dos sistemas digitais governamentais.